domingo, 27 de fevereiro de 2011

Don't you weep

Por esta vida de encruzilhadas, sins, nãos, talvez e não seis, muitas curvas em contra-mão, linhas continuas pisadas, inversões de marcha realizadas...

Vou sem amor, paixão ou outra emoção. Vou. Não é um simples ir, ou um chegar, é um querer mudar, um algo ansiar. Tenho noção que o meu Eu, aquilo a que apelidamos de "persona" ou personalidade é nada mais do que um lago, sim um lago, desconhecem-se profundidades, a Terra está longe, e ando sempre à deriva; à mercê dos elementos, e da sorte...

Posso dizer que estou absolutamente insatisfeito com esta monotonia monocórdica de vida, já tentei mudar este preto no preto. Dar ao fim um novo principio, mas como num círculo o principio anda de mãos dadas com o fim, e este insiste em largar a mão ao principio, e eu tento chegar à margem do lago, da minha alma, se ainda a retiver dentro de mim. Vejo-me reflectido muitas vezes na superfície perfeitamente rugosa do lago, centenas de vezes, e odeio a tristeza dos meus olhos alegres.



Um dia alcançarei essa margem mas por hoje, mais vale lutar amanhã...Por hoje cansei

1 comentário:

  1. Acho curioso esse teu "mais vale lutar amanhã". De certa forma concordo com ele, porque ao lutar, que seja para ganhar. Se parar significar ficar à deriva num lago que nos possa dar forças, antes assim.
    Ah, gostei bastante dos trocadilhos de palavras que usaste neste texto. Deixaram-me a pensar. :b

    ResponderEliminar