quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Plano Oculto - Advinha

Não sou grande ouvinte de hip hop. Mas o poema desta música sou eu em letras e por isso partilho aqui.
http://www.youtube.com/watch?v=mnO80Axk-pg

Se tivesse descoberto isto há mais tempo tinha inspiração para uns bons meses

ouvi dizer...
que o amor é fogo que arde sem se ver,
então descobri que te odeio só porque tenho os olhos a arder,
e não me peças perdão, porque eu nunca chorei,
eu é que sou actor, isto são palavas que decorei,
Já escolheste a máscara? Ou queres que te empreste a minha?
Mas sou tão transparente, que deixas de ser uma advinha,
Secalhar até devia, de te ler a minha poesia,
para me emocionar com a emoção, da tua lágrima fingida,
Mas amor não vai dar, tenho um coração de pedra tão pesado,
que por mais que tente, já nao consegue voar,
e eu olho para as estrelas (e quero té-las),porque nunca tive nenhuma,
ou secalhar até tive, mas esteve tapada por uma núvem,
Hoje sinto-me livre e respiro,mas respiro tão devagar que nem o sinto,
Eu sinto que já devia ter morrido, mas não morri mas também não estou vivo!

Peço-te da-me a mão para conseguir,
Me equilibrar sobre todas as imposições,
Vai mas não te vás traz-me um coração novo,
Porque o meu já dói tanto que não é capaz...
Sufoco em desencanto e desisto por cansaço,
Que não tenho pelo o que me seduz
Pelo o que me seduz...

Eu sei que nao te largo,
mas a culpa nao é minha,
Eu sempre fui de ferro,
o teu coração é que tem íman, x4
Voei tão alto, que vertigem!
Desmaiei no céu e aterrei numa passagem de nível,
o comboio passa-me por cima,tenho o corpo em carne viva,
mas sou tão insensível que ainda não senti a ferida,
Enganei-me! Já sabia, escolho sempre o lado errado,
porque sofro de deslexia, e ela asfixia a minha orientação,
perdi-me na partida e ainda não parti do chão,
Levanto-me! Sinto-me com vida,
se me roubaste a primeira,então peço uma 2ª via,
Desta vez agarro a vida, sem medos...
Mas ela é tão pequena, que me escapa entre os dedos,
Morri de novo! Entendes?
Sinto ódio à primeira vista e nem nos vemos!
Estou cego e sem corpo, ainda assim sou invencível,
Tentaste roubar-me a alma, mas ela é inatingível,
Enquanto enterras fantasmas, os meus vêm ao de cima,
Não sou amor, sou a maior maldição da puta da tua vida!
Eu juro que estou mais calmo, já nem tomo anti-depressivos,
Vai-te foder mais a água, e passa-me os produtos químicos,
Eu quero arder por dentro, para me arderem todos os sentidos,
pk se não ouvir não te ouço,e se não te ouço não me vingo!
Já sei que sou doentio, sociopata em estado crítico,
Querem-me num asilo, mas eu deixo um aviso,
o primeiro psicólogo é comido vivo, e depois ainda o vomito,
aponto-lhe uma arma e obrigo-o, a alterar o meu estado clínico,
de maníaco e depressivo para: O Rodrigo já não existe!

Tudo bem ainda existo, todavia não te minto,
o meu coração vazio é que torna em metáforas o que te digo,
O prometido é devido, e tu prometeste-me um sorriso,
mas não me deves isso, muito menos um que seja postiço,
Quando foges, paralizo, quando ficas, rodopio,
sou um carrossel de emoções ao qual chamam de emotivo,
mas esqueço-me disso, e prometo-te ser pacífico,
não consigo, sou o que sou e isso não é alternativo,
Eu sou bipolar, então divide-me a meio,
une-me ao que já fui antes de me cortares e prometo que fico perfeito
Porque antes da depressão, acho que veio a paixão primeiro,
e só depois de morrer, é que descubri que te amei por inteiro,
Então não me dividas a meio, desaparece antes no nevoeiro,
e deixa-me ficar à espera por aquilo que nunca veio,
Se tenho todo o tempo do mundo, então aproveito,
visto que o único relógio que me guia, está no meu lado esquerdo do peito,
E isso é que é perfeito, ajoelhar-me quando me deito,
perante Deus e agradecer por tudo aquilo que me tem feito,
O caminho pode ser estreito, com fé eu consigo,
porque na verdade não sou carne, na verdade sou espírito,
Então podes ficar comigo, mas se não queres não te obrigo,
e se combinamos ficar amigos eu devo-me ter esquecido,
Desculpa não ter sido, mas a verdade é que só confio,
naquele que quando me olha no espelho aparece reflectido,
Por isso é que estou sozinho e apareço-te no caminho,
por mais que tentes seguir em frente, só sabes andar em círculo,
Mas eu já conheço tão bem, esse teu labirinto,
não preciso de explicações, guardei o mapa comigo,
E se te serve de consolo, prometo que já nem te persigo,
Eu já não sou de ferro, agora sou o que está escrito,
ou seja nada, permaneço indefinido,
e se sentiste o arrepio é porque me amas por isto...

Agora sempre que acho que tudo está muito bem,
Acabo por mudar o que me é tão familiar,
É tudo que aprendi,
Do nada é tão pouco para ti,
Sei que tentas entender,
Mas não preciso que me tentes ler,

Refrão:
Já te amei,
Já te odiei,
Agora não quero!

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