domingo, 30 de janeiro de 2011

Star(t)

Um dia, uma noite ou apenas uma simples tarde, não interessa. O tempo não interessa e o espaço muito menos. Só quero a tua companhia, só peço que o teu ser fique à beira do meu...

Assim num tempo indeterminado, num espaço inexistente estavas comigo a ver as estrelas, não havia música, nem velas, nem chuva romântica, eras tu e eu, sem ses nem porquês, dois seres humanos.
Estavas linda. Tinhas um vestido preto, liso com suaves formas moldadas pelo teu corpo, o teu cabelo solto esvoaçava livremente, e o teu sorriso..Ah o teu sorriso... Era tão perfeito, era inocente e verdadeiro, sorrias porque querias, estavas livre, és livre, vias e não sorrias por pena ou compaixão, era terno e complacente,sorrias porque estavas ali comigo. E eu triste cego, via os meus olhos faiscarem quando eram tocados pelos teus, eles só brilhavam para ti. Apenas por ti eles brilhavam assim como as estrelas que estavam ali para nos ver juntos. Esperaram tanto tempo, elas, eu, eu que sou muitos num só, estava absorto de tudo apenas tu existias. Eu era inexistente. A minha alma estava baça, mas tu vias e acreditavas ...


Acredita porque eu deixei de acreditar

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Last trip

      Sinto que o nascer é o partir para uma última viagem, a Vida. Não se trata a vida da última e derradeira viagem, aquela que antes de começar já tem um fim, um objectivo, um destino... A morte, o fim e o nada.
      Eu como Homem que sou (chego a duvidar da existência do eu...) e consequentemente irracionalmente racional irei morrer, desaparecer, desvanecer... O número da minha porta irá ser gradualmente apagado pelas intempéries, pelo vento, pelo tempo. O café do meu vizinho irá fechar para provavelmente se tornar num prédio de 20 andares, caixotes empilhados, pregados com aço e betão, a vida tem de acabar simplesmente porque começou...


Conclusão? "Não me venham com conclusões, a única conclusão é morrer."