sábado, 16 de novembro de 2013

Politiquices

Sobre os exames dos professores, estou plenamente de acordo que os façam. Existem milhares de professores sem capacidades para leccionar e os alunos é que têm de arcar com eles. Sou contra os 20€ que serão pagos, devia ser um valor simbólico, 5-10€ para despesas de correção.


E os professores são, de longe, a classe mais numerosa de funcionários públicos +/- 150k em 650k totais. Infelizmente estão mal distribuidos havendo turmas com demasiados e outras com poucos alunos. Penso que enquanto não se fizer a organização devida do estado português a todos os níveis, não se deviam avançar com mais cortes, porque o que estamos a fazer é tapar buracos (tão típico do nosso país)...

Passamos anos a tapar buracos e a estrada continua a mesma MERDA de sempre até que em períodos pré-eleições se tomam decisões +/- acertadas e lá se arranja a estrada toda, mas a nossa pátria não pode esperar 4 anos por decisões elas têm de ser tomadas diariamente com pulso firme e acabar com as injustiças. E quanto a partidos são todos uma valente MERDA, com ideais de treta, que não seguem e estão-se a marimbar; quando perceberem que o país é um e trabalharem para um bem comum isto vai andar para a frente.


Se algum politico ou pessoa que gostasse ingressar por esse trabalho estiver a ler, não sejas mais um que procura ir para o poder para enriquecer. Faz como os USA, Alemanha, China e outras tantas potências mundiais, vai para lá para mudar o país, se fizeres bem o teu trabalho de gestor, quando saíres não te faltarão portas abertas para ganhares os teus milhões e, não precisas de fazer corrupção.



domingo, 3 de novembro de 2013

O Norte

Para pensar...

"O Norte é mais Português que Portugal.
Mas há uma verdade maior. É que só o Norte existe. O Sul não existe. As partes mais bonitas de Portugal, o Alentejo, os Açores, a Madeira, Lisboa, existem sozinhas. O Sul é solto. Não se junta. Não se diz que se é do Sul como se diz que se é do Norte. No Norte dizem-se e orgulham-se de se dizer nortenhos. Quem é que se identifica como sulista? No Norte, as pessoas falam mais no Norte do que todos os portugueses juntos falam de Portugal inteiro. Os nortenhos não falam do Norte como se o Norte fosse um segundo país. Não haja enganos. Não falam do Norte para separá-lo de Portugal. Falam do Norte apenas para separá-lo do resto de Portugal. Para um nortenho, há o Norte e há o Resto. É a soma de um e de outro que constitui Portugal. Mas o Norte é onde Portugal começa. Depois do Norte, Portugal limita-se a continuar, a correr por ali abaixo. Deus nos livre, mas se se perdesse o resto do país e só ficasse o Norte, Portugal continuaria a existir. Como país inteiro. Pátria mesmo, por muito pequenina. Em contrapartida, sem o Norte, Portugal seria uma mera região da Europa.
(...)
Ao princípio irritava-me que todos os nortenhos tivessem tanto orgulho no Norte, porque me parecia que o orgulho era aleatório. Gostavam do Norte só porque eram do Norte. Assim também eu. Ansiava por encontrar um nortenho que preferisse Coimbra ou o Algarve, da maneira que eu, lisboeta, prefiro o Norte. Depois percebi. Os nortenhos, antes de nascer, já escolheram. Já nascem escolhidos. Não escolhem a terra onde nascem e apesar de as defenderem acerrimamente, põem acima dessas terras a terra maior que é o "O Norte". Defendem o "Norte" em Portugal como os Portugueses haviam de defender Portugal no mundo."
Miguel Esteves Cardoso