quarta-feira, 27 de julho de 2011

Circum

Circum
ferências, redondas
Lineares ou não
continuam... seguindo a definição

Começam e acabam
numa união
Não têm fim nem principio
apenas aquela intrínseca ligação

Assim como o mundo
ela não tem coração
apenas linhas, lindas e preenchidas
deixando o vazio no meio
Não mais.


Não mais será assim
Anseio o círculo que está para vir
deixando por fim a linha que tanto me impede de subir
pelas escadas abaixo...
descendo,descendo, endo, do.


Um dia irei subir mas hoje continuo descendo, cada vez mais fundo...

(Mono vs Poli)Gamia



Durante uns anos era aquele gajo que saía, conhecia e "comia" ou pelo menos tentava.
Existia sempre aquela rapariga que na minha triste inocência ia dizendo entre dentes "ah e tal gosto dela, amo-a" (estupidez alguma vez ter pensado que sabia o que significava tal palavra); mas arranjava divertimento para o dia ou noite e como ia gabando aos meus amigos. "Bota calor" doce poligamia, falar várias línguas, abrigar-me nos mais diferentes abrigos, e chegar ao fim do dia e voltar a casa, sem dever nada a ninguém. Muitas vezes nem sequer o nome dela sabia mas não havia crise, falei a língua dela durante umas boas horas, para quê pensar mais nisso? Não valia a pena. Até ter acontecido tal coisa com uma amiga minha, meteu-me tanto nojo, repugnância extrema, vómito entre palavras, tive nojo de mim quando voltei a mim (ironia o facto de o nada voltar a nada?!)..

Passei uns tempos defendendo acérrimo a monogamia, chegava uma...Vivi amores platónicos obsessivos. Aprofundei a língua, estudei os verbos, figuras de estilo, orações coordenadas e subordinadas, artigos e determinantes, possessivos... Mas cansei-me disso. Vou-me dedicar à castidade, ou não... Minha querida poligamia o que eu pagava para que voltasses mas infelizmente já não tenho capacidades para te sustentar.



Prometo que vou tentar ser casto, mas hoje não...Amanhã é um dia novo e, portanto, mais vale lutar amanhã

domingo, 24 de julho de 2011

Vida - Take 2

Ando a ter várias vagas de inspiração a nível sentimental, literário e musical. E tenho de o aproveitar pois estes momentos são escassos...


O motivo para ser take é que traduzido para o Português significa cena..E a vida é um filme. Existem actores, realizadores, argumentistas e espectadores. Apenas não pode ser editada de resto é um filme a tempo real.
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Vou elabora este segundo ensaio sobre a vida derivando o meu pensamento de uma música do B Fachada (Bernardo Fachada) na música Beijinhos. A frase é a seguinte: "Perdes tempo a reparar na cara feia que é bonita de alguém."


No take 1 falei sobretudo na efemeridade da vida e na futilidade do Homem. Irei continuar à volta destes temas... Sabemos que a vida é um jogo onde não há empates, existe um derrotado e um vencedor. Um feliz e outro triste. Inevitavelmente é isso que acontecerá, o próprio mercado incentiva a que aconteça isso (psiquiatras, psicólogos, psicanalistas) ao invés de usarmos a nossa mente para resolvermos os nossos próprios problemas mentais usar ajuda paga para resolver por vezes problemas nulos. Problemas existenciais todos nós temos, o não perceber é normal, eu não percebo o que acabei de escrever mas não é por isso que deixa de ser verdade antes até, lhe confere uma certa veracidade.
Temos de acordar para o dia como se dia se trata-se a noite foi ontem, para quê pensar nela, ficar nela e viver no encoberto, na escuridão? É completamente absurda a estagnação que muita gente vive; É UMA PERDA DE TEMPO. A vida deve ser vivida e não vale a pena pensar no que poderia ter feito mas sim no que deveria fazer... Assim temos de conseguir jogar este jogo que é a vida, que será jogado até à eternidade efémera da nossa vida.


Irei lutar contra isto, mas hoje não...Prefiro lutar amanhã
Escrevo porque sim, e enquanto o sim for sim continuarei a escrever.

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Vida - Take 1

Irei tentar desenvolver uma espécie de ensaios sobre a vida. Não sei quantos takes irei escrever...

Abram o youtube, escolham uma música que gostem e divirtam-se ou pelo menos tentem
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Em si mesma e metafisicamente falando a vida é sobretudo um processo constante de relacionamentos. Pessoas a interagir com animais/plantas ou vice versa. O conceito geral é apenas de existência racional, esse pelo menos é o que eu defendo. Existência. Simples e mera existência ou apenas sobrevivência pois no final, todos tentamos sobreviver o melhor que podemos, mesmo sabendo que a nossa vida é efémera tentamos a todo o custo evitar a morte. Bastante irónico não é?!

Tantos ajustes, tantas zangas, tantas discussões, tantas preocupações para acabarmos em pó; eu acho bastante irónico. Vivemos de momentos, de sentimentos, emoções e desejos. Digam o que disserem o verdadeiro amor é raro encontrar, rendemo-nos completamente aos sucessivos orgasmos da vida, sejam na cama ou à mesa, por mais racionais que sejamos perdemos toda a racionalidade quando chega o êxtase, somos fúteis e influenciáveis...


Para quê lutar contra? Amanhã talvez... Hoje, espero ansiosamente o meu próximo orgasmo